Texto do Prof. Renato Lima Freire
Sabemos o quanto o exercício físico é importante para o desenvolvimento das crianças. Entenda a diferença entre exercício e atividade. Exercício físico é tido como uma movimentação, como uma maneira de se mexer, por exemplo, o adulto sedentário, a criança ou jovem sedentária é ativa(o) fisicamente somente quando não esta parado, andar até a cozinha, lavar o carro, ajudar os pais com as tarefas de casa, todas essas coisas caracterizam a atividade física. Já o exercício físico é tudo aquilo que mantém ou aumenta a aptidão física em geral, a razão da prática de exercícios inclui: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular; o aperfeiçoamento das habilidades atléticas; a perda de peso. Para muitos médicos e especialistas, exercícios físicos realizados de forma regular ou frequente estimulam o sistema imunológico, ajudam a prevenir doenças (como cardiopatia, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, etc.) moderam o colesterol, ajudam a prevenir a obesidade, e outras coisas. Além disso, melhoram a saúde mental e ajudam a prevenir a depressão.
Devemos entender como atividade física não apenas uma atividade que envolve o corpo e sim corpo + mente = desenvolvimento motor, maturação biológica, aspectos psicológicos entre outros. Tão importante quanto o exercício em si a maneira como essa atividade é introduzida pelos professores, aceita pelas crianças e compreendida pelos pais, faz toda a diferença e passa a ser fator determinante no processo de maturação das crianças.
As capacidades motoras podem ser divididas em dois segmentos:
- Capacidades motoras condicionantes: Estão associados à resistência, à força, à velocidade e às suas
combinações como resistência cardiorrespiratória, força/resistência muscular, flexibilidade,
velocidade, potência, agilidade, coordenação
e equilíbrio.
- Capacidades motoras coordenativas: se fundamentam na
elaboração e no processamento de informações
e no controle da execução dos movimentos
por meio dos analisadores táteis, visuais, acústicos, estático-dinâmicos e cinestésicos.
Não podemos esquecer do fator flexibilidade, tão questionado por nós adultos e tão necessário para um corpo equilibrado. A flexibilidade não se caracteriza por um ou outro fator condicionante ou coordenativo más sim por ambos. Independente de fazer parte de um ou outro fator coordenativo a flexibilidade deve ser tratada como toda e qualquer atividade física direcionada a criança onde a seriedade da lugar a brincadeira, a disputa por segundos nessa fase infantil deve ceder espaço á informalidade.
Os exercícios devem ser lavados a sério sim, porém não devemos exigir da criança o mesmo que exigimos, cobramos de um atleta, esportista adolescente ou adulto. As fases de maturação devem ser respeitadas para que no futuro o esporte não seja visto pelo jovem ou pelo adulto como uma obrigação e sim como um componente prazeroso e essencial para a qualidade de vida. Os pais esportistas de plantão sabem o quanto é fácil relacionar o esporte com o trabalho, e como é fácil atribuir ás tarefas profissionais aos desafios do esporte. Os ganhos são nítidos, tanto em âmbito profissional, quanto emocional e social, então porque não fazer o mesmo pelas crianças e procurar fazer do esporte infantil uma experiência positiva direcionada a uma vida adulta plena e saudável.